domingo, 11 de dezembro de 2011



The Verve - Bittersweet Symphony


"You are a slave to money, then you die"

Zeitgeist, o Filme

Zeitgeist, o Filme (Zeitgeist, the Movie, no original) é um filme de 2007 produzido por Peter Joseph, aborda temas como Cristianismo, ataques de 11 de Setembro e o Banco Central dos Estados Unidos da América (Federal Reserve). Ele foi lançado online livremente via Google Videos em Junho de 2007. Uma versão remasterizada foi apresentada como um premiere global em 10 de Novembro de 2007 no 4th Annual Artivist Film Festival & Artivist Awards.

Em 2 de Outubro de 2008 foi lançado um segundo filme, continuação do primeiro, chamado Zeitgeist: Addendum, no qual se tratam temas como a globalização, a manipulação do homem pelas grandes corporações e instituições financeiras, e aborda a atual insustentabilidade material e moral da humanidade, apresentando o Projeto Vênus como solução para o problema.

O filme é estruturado em três seções:

  • Primeira parte: "The Greatest Story Ever Told" ("A maior história já contada")

  • Segunda parte: "All The World is A Stage" ("O mundo inteiro é um palco")

  • Terceira parte: "Don't Mind The Men Behind The Curtain" ("Não se importem com os homens atrás da cortina")


Filme: V for Vendetta

O enredo é situado num passado futurista (uma espécie de passado alternativo), numa realidade em que um partido de cunho Totalitário ascende ao poder após uma guerra nuclear. A semelhança com o regime Fascista é inevitável devido ao fato do governo ter o controle sobre a mídia, a existência de uma polícia secreta, campos de concentração para minorias raciais e sexuais, muito perto do que pensou Hannah Arendt no seu livro "Origens do totalitarismo" de 1951. Existe também um sistema de monitoramento feito por câmeras nos moldes de "1984", de George Orwell, escrito em 1948. (Na época, o CCTV ainda não existia tal como o é hoje na Inglaterra quando a obra foi escrita).
A história em quadrinho foi escrita num momento histórico no qual a Inglaterra estava implementando o sistema Capitalista Neoliberal com a primeira ministra Margaret Thatcher. Ao mesmo tempo o "Socialismo Real" da extinta U.R.S.S. (atual Rússia), estava em total descrédito devido aos horrores do Stalinismo.
"V" (codinome do protagonista) tem uma postura Anarquista.
Nesta obra, como definiu tanto Enrico Malatesta no seu livro "Escritos revolucionários" e outros Anarquistas, como Mikhail Bakunin, Pierre Joseph Proudhon, Max Stirner, Emma Goldman, Piotr Kropotkin e Henry David Thoreau, o Estado é visto como limitador da Liberdade, sendo assim Totalitário.

Zona euro ainda incapaz de enfrentar eventual colapso de Itália ou Espanha

Zona euro vai emprestar 200 mil milhões ao FMI para este ajudar os países do euro em dificuldades. Mas pode não chegar.

Angela Merkel já tinha avisado: não se devia esperar que desta cimeira saísse uma única "grande solução" para a crise. Ou seja, que ficasse disponível a chamada "bazuca" financeira que garantisse que a zona euro tinha nas suas mãos os meios necessários para defender todos os países que enfrentassem dificuldades, incluindo a Itália e a Espanha. Isso, de facto, não aconteceu, o que faz com que persista o receio sobre a forma como irá evoluir a crise do euro nas próximas semanas.

É verdade que, ontem, em Bruxelas, os líderes europeus deram alguns passos no sentido de reforçar o poder de fogo da zona euro contra a crise. O mais significativo foi o anúncio de que os Estados da zona euro irão emprestar ao Fundo Monetário Internacional 200 mil milhões de euros para que este fique com os meios disponíveis para criar linhas de crédito preventivas para a Espanha e a Itália.

Além disso, os líderes europeus manifestaram esperança que outros países fora da UE, como a China ou o Brasil, acompanhem este reforço dos fundos do FMI. Para já, existe abertura destes Estados para o fazerem, mas não se sabe em que dimensão.

No entanto, esta medida, só por si, deixa muitas dúvidas junto dos mercados. "Uma porta foi aberta através do canal do FMI, mas há muita gente que pode pensar que 200 mil milhões simplesmente não chegam", afirmava ontem à Reuters um analista de um banco de investimento da city londrina. Para se colocar em perspectiva este número basta lembrar que apenas entre Fevereiro e Abril do próximo ano, a Itália terá de renovar cerca de 150 mil milhões de euros de dívida pública. E a Espanha também tem pela frente um calendário de emissão de dívida muito exigente na primeira metade de 2012.

Fonte: Público

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Como não percebo nada de economia, até posso fazer resumos muito inocentes da coisa

"Se a memória não me engana, foram os mercados (e aquele que era, então, o seu porta-voz, um tal de Cavaco Silva) que nos convenceram a investir na bolsa, em auto-estradas, em novas tecnologias (o futuro!) e em casas próprias, uma vez que coisas como produzir, pescar e cultivar eram completamente anacrónicas e terceiro-mundistas. Depois, quando, afinal, não precisávamos todos de informação a toda a hora no telemóvel, os mercados perceberam já não conseguiam aguentar tanta casa por vender, tanto empréstimo por pagar, e vieram de mão estendida cravar o dinheiro dos nossos impostos, o que tínhamos e o que não tínhamos (e Sócrates e sus muchachos fizeram-lhes o favorzinho). A seguir, como pedimos dinheiro emprestado para evitar a falência do sector financeiro e o caos que sobreviria como as sete pragas do Egipto, os mercados baixaram-nos o rating e aumentaram-nos os juros, até o ponto em que tínhamos de pedir empréstimos para pagar empréstimos e já não merecíamos a confiança dos mercados (para novos empréstimos). Fomos, por isso, de mão estendida aos mercados pedir que nos financiassem a juros mais camaradas, ao que os mercados acederam, desde que vendêssemos as empresas públicas e reduzíssemos os direitos sociais dos chatos dos trabalhadores (e nada melhor que um social-democrata como Passos Coelho e a sua comandita para distribuírem entre eles os benefícios da "liberalização"). Também concordámos e fizemos o que nos mandaram, cortando tanto e tão pouco que, sem dinheiro para gastar, os consumidores se retraíram e deixaram de comprar várias coisas, supérfluas ou não, atirando a economia para o vórtice da recessão. E eis que, salvadores, os mercados reaparecem e voltam a baixar-nos o rating (e a puta que os pariu), agora a pretexto de que a economia está recessiva. Conseguem imaginar o que vai acontecer a seguir?"

Por M.J.Marmelo

Fonte: Teatro Anatómico

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sugestão - Angola: trabalhar num país em construção


Uma refeição de fast food em Luanda custa 12,70 euros. Por mês, alugar um apartamento com dois quartos na capital angolana pode chegar aos 6500 euros. E a factura do supermercado é três vezes superior à de Lisboa. Hermínio Santos, autor do livro Trabalhar em Angola (uma edição da Planeta), não pinta uma realidade cor-de-rosa nas 112 páginas que dedica ao tema. Angola não é a terra prometida, o país de “dinheiro fácil, sol, praia, cerveja gelada”. A realidade é outra, mas nem por isso menos apetecível.

O país está em construção e participar no (re)nascimento de uma sociedade pode ser aliciante numa altura de recessão em Portugal, com elevada taxa de desemprego e perspectivas de futuro pouco animadoras. O autor, jornalista e actual director do jornal Briefing, escreve um guia minucioso e alerta que a decisão de emigrar, mesmo que temporariamente, deve ser muito ponderada e baseada em informação sólida.

Primeiro, não se devem fazer as malas na esperança de chegar à terra prometida. O crescimento é acelerado, sim, mas tudo está em construção. Há trânsito caótico nas ruas, os preços da alimentação e habitação são muito elevados, os serviços de manutenção são escassos, há dificuldades nas comunicações. Hermínio Santos avisa ainda que o tempo dos salários elevados terminou. Hoje um técnico qualificado recebe cerca de três mil euros mensais. Há cinco anos o mesmo trabalhador auferia cinco mil euros, a que acrescia subsídio de alimentação e refeições. Factores como a consolidação da paz, o regresso de angolanos com formação superior e o aparecimento de mão-de-obra de países asiáticos contribuíram para a estabilização dos salários “em valores mais realistas”.

O livro também traça o retrato do país, descrevendo aspectos históricos e económicos, como a importância do petróleo, as relações com a China ou as parcerias entre Angola e Portugal. Sugere ainda como negociar a remuneração e os benefícios antes de partir, dirigindo-se, neste capítulo, a um público-alvo muito particular (os quadros de topo). Um técnico especializado tem margem de manobra reduzida e, provavelmente, terá de partilhar e meio de transporte com colegas. É importante ter em atenção quanto vai gastar por mês. A despesa mensal com a alimentação pode chegar aos mil dólares (cerca de 694 euros ao câmbio actual).

Há informações sobre as oportunidades profissionais, como se pode criar uma empresa ou, por exemplo, os cuidados a ter ao nível de segurança. Neste aspecto, o autor alerta mesmo que o desleixo dos cuidados a nível de segurança é um erro comum. “Janelas fechadas, carro trancado, não atender chamadas na rua, não enveredar por caminhos que não conhece, são cuidados básico de segurança”, escreve.

O livro responde também a dúvidas como “é fácil transferir dinheiro para Lisboa?” ou “se tiver um problema grave de saúde o que devo fazer?”. No final, há uma lista de contactos úteis e um “kit” essencial de entendimento. Assim, quando aterrar em Luanda já sabe como pedir uma “bitola” (cerveja) e “pitar” (comer) qualquer coisa.

Trabalhar em Angola é mais dirigido aos quadros superiores que trazem de Portugal um conjunto de benefícios suportados pela empresa e não tanto aos que se aventuram sozinhos em Angola sem a força e apoio de uma função de topo. Quem tem de tratar sozinho da sua viagem e permanência no país, terá de ultrapassar desde logo as dificuldades de obtenção de visto. O autor apenas remete informação sobre os vistos para o site do Consulado de Angola, podendo ter aprofundado mais este tema. A verdade é este processo é lento e penoso. Enquanto não for assinado o projecto de acordo entre os dois países para melhorar a concessão (medida que deverá acontecer em meados de Setembro) este é o primeiro entrave a quem quer emigrar.

Mas Angola não é só trabalho. E o lado turístico é muitas vezes esquecido pelos portugueses que pela primeira vez pisam o território. Hermínio Santos faz questão de enaltecer as belezas naturais, mas o país ainda tem muito a melhorar, nomeadamente ao nível das infra-estruturas.

Certo é que, quanto melhor se conhecer Angola, melhor será a integração. Ana Rute Silva


O autor
Hermínio Santos tem 48 anos e é jornalista desde 1986. Entre Setembro de 2005 e Dezembro de 2010 foi assessor de comunicação do grupo Escom e, nessa qualidade, fez dezenas de viagens a várias regiões de Angola. Em 2008, foi um dos responsáveis pelo lançamento do semanário Novo Jornal. É o actual director do jornal Briefing

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

What happens next? The scenarios for Italy


Markets have pushed Italy and the eurozone towards what many investors see as a tipping point, but European Union officials on Wednesday said they were waiting for Italy to decide on a new government rather than planning emergency measures to turn the tide.
The prospect of a technocratic government taking over quickly from a teetering Silvio Berlusconi to push through long-demanded economic reforms – coupled with returning order to Greece and beefing up their €440bn rescue fund – presented the best hope for turning around a darkening crisis.
But if current plans do not work, the scenarios quickly become far more complicated:

1. The current plan: cut debt and spur growth now
EU officials and the majority of independent analysts agree that Italy’s economic fundamentals, while not rosy, are far better than those of Greece or other eurozone countries in full-scale bail-outs. Italy’s debt levels are high, but its annual deficits are small, its banking sector is sound, and its overall economy big and diversified.

2. Provide a precautionary line of credit
This was offered to Mr Berlusconi at the Group of 20 summit in Cannes last week, but was turned down. Such a line of credit would likely come from the IMF, something it does with regularity for countries that are solvent but struggling to raise cash. Last month, the EFSF was given similar powers and there is now talk it could step into the breach.

3. If all else fails: a full-scale bail-out
If Italy proves unable to return to the public markets with a credit line, the next step would be a bail-out that would take Rome out of the bond market altogether.

4. Or, a takeover by the European Central Bank
Some eurozone governments, led by France, have argued that the ECB must become the zone’s lender of last resort in order to stop the run on peripheral sovereign bonds. If it were to guarantee all Italian debt, the ECB’s unlimited firepower – it can literally print money – could give it the power to buy every Italian bond and ensure Rome could borrow at low rates for the foreseeable future.

But some worry that even the bottomless pockets of the ECB may not be enough to stop the panic if it were to grip the €1,900bn Italian bond market by the throat.

Fonte: Financial Times

Dois terços dos portugueses acreditam que o euro agravou os efeitos da crise


Um estudo de opinião feito para o Parlamento Europeu revela que 61% dos portugueses pensam que o euro agravou os efeitos negativos da crise, contra 33% que dizem que a moeda única “atenuou" os seus efeitos negativos.
A ideia parece ser partilhada com os 27 países da União Europeia (UE): mais de metade dos europeus (54%) concordam com os efeitos negativos do euro, ao passo que apenas 34% afirmam que o euro terá ajudado a minimizar os efeitos da crise.

Dos 1035 portugueses inquirido, mais de 85% “estão a sentir efeitos da crise económica, metade dos quais com um impacto ‘muito significativo’”. Cerca de 50% conhecem alguém que já perdeu o emprego devido à crise e 18% dizem mesmo que já aconteceu consigo mesmo ou com o seu parceiro.

Os resultados do eurobarómetro dizem ainda que 62% dos portugueses acreditam que “a crise vai durar muitos anos”, e todos os inquiridos dizem que Portugal não está “a regressar ao crescimento”.

Quanto à informação económica, 48% dos portugueses disseram que não sabiam o que eram as agências de notação financeira e 75% nunca ouviram falar nas euro-obrigações. Para 59% dos inquiridos, o papel das agências de rating é importante, e consideram mesmo que estas agências têm desempenhado uma função essencial no desenvolvimento da crise financeira.

Inflação disparou para 4,2% devido ao aumento do IVA na energia


A inflação homóloga disparou para 4,2% em Outubro, depois de ter sido de 3,6% em Setembro, sobretudo devido ao aumento do IVA na electricidade e gás natural, segundo o Índice de Preços no Consumidor (IPC) do INE.
No mês início do mês passado entrou em vigor o aumento do IVA sobre a electricidade e o gás decidido pelo actual Governo, de 6% para 23%.

Excluindo a energia e bens alimentares não transformados (a chamada “inflação de base”), a variação homóloga do IPC foi de 2,5%, mais próxima do objectivo de médio prazo de BCE para a estabilidade dos preços, que é de uma inflação próxima mas abaixo de 2%.

A inflação mensal (subida de preços face ao mês anterior) em Outubro foi de 1,1%, enquanto a inflação média dos últimos 12 meses está em 3,4%.

Se forem considerados os valores do IHPC (Índice Harmonizado de Preços no Consumidor), utilizado para comparações europeias, a inflação homóloga foi de 4,0% (face a 3% em Setembro), a mensal de 0,9% e a média anual de 3,3%.

A inflação em Portugal continua assim a afastar-se de média da zona euro, onde terá sido de 3,0% em Outubro, segundo a estimativa rápida divulgada pelo Eurostat no final do mês passado, onde não são avançados valores por país.


Fonte: Público

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Coca-Cola, futebol e leite com chocolate com IVA a 23%

A Coca-Cola e os bilhetes de futebol são alguns dos produtos que deverão ver o seu IVA agravado de 6 para 23% no próximo ano.

Segundo uma proposta preliminar do Orçamento do Estado para 2012 (OE2012), a que a Lusa teve acesso, estes são alguns dos produtos, juntamente com toda a água engarrafada, actualmente tributados à taxa reduzida de seis por cento, que deverão passar a ser tributados à taxa normal de 23%.

Mas nem tudo são más notícias. Segundo a mesma proposta de Orçamento, há produtos actualmente tributados a 13% que vão passar para 6%. Estão neste caso os óleos alimentares e as margarinas de origem animal e vegetal. Já o vinho não deverá sofrer alterações e manterá a taxa reduzida de 6%.

As alterações às taxas do IVA inserem-se numa obrigação que o Governo assumiu no memorando de entendimento com a 'troika' e que prevê uma racionalização das taxas deste imposto de forma a conseguir uma receita extra de 410 milhões de euros.

Na comunicação que fez ao País na quinta-feira à noite, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já tinha anunciado: "No caso do IVA, teremos de obter mais receitas do que o que estava desenhado no Memorando de Entendimento".

Para esse efeito, o primeiro-ministro garantiu que "o orçamento para 2012 reduz consideravelmente o âmbito de bens da taxa intermédia do
IVA, embora assegure a sua manutenção para um conjunto limitado de bens cruciais para sectores de produção nacional, como a vinicultura, a agricultura e as pescas".

O que o primeiro-ministro não disse é que, segundo uma proposta preliminar do Orçamento, há também produtos actualmente na taxa reduzida do IVA que vão passar para a taxa máxima.

Segundo essa proposta, entre esses produtos estão os "leites chocolatados, aromatizados, vitaminados ou enriquecidos", as "bebidas e sobremesas lácteas", a "batata fresca descascada, inteira ou cortada, pré-frita, refrigerada, congelada, seca ou desidratada, ainda que em puré ou preparada por meio de cozedura ou fritura".

Além destes, também os "refrigerantes, sumos e néctares de frutos ou de produtos hortícolas, incluindo os xaropes de sumos, as bebidas concentradas de sumos e os produtos concentrados de sumos", onde se inclui a Coca-Cola, deverão passar de uma taxa de 6 para 23%.

E há ainda os "espectáculos, provas e manifestações desportivas e outros divertimentos públicos" onde se incluem os bilhetes de futebol e outros desportos.

Também a "ráfia natural" passará de uma taxa de 6 para 23%.

Fonte: Sapo

Bruxelas e Berlim elogiam esforço de Portugal

Comissão Europeia e Governo alemão já reagiram às medidas de austeridade ontem anunciadas por Passos Coelho.

Questionado sobre as novas medidas o porta-voz da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj Tardio, disse que Bruxelas só fará comentários quando houver uma apresentação formal do Orçamento para 2012, mas sublinha que Bruxelas está "segura da determinação das autoridades portuguesas em fazer tudo o que for preciso para alcançar as metas acordadas", que reconheceu serem agora mais exigentes, face "a recentes desenvolvimentos, como o desvio (nas contas) da Madeira".

No mesmo sentido, um porta-voz do governo alemão declarou que "no nosso entendimento, Portugal está no caminho certo". "O governo alemão encara com grande respeito a forma como Portugal e os portugueses embarcaram num caminho muito difícil para reformar a estrutura da sua economia", acrescentou o mesmo responsável, citado pela agência Reuters.

O primeiro-ministro anunciou na quinta-feira que as medidas do OE2012 visam garantir o cumprimento dos acordos internacionais, e que passam, entre outras, pela eliminação do subsídio de férias e de natal para os funcionários públicos com vencimentos ou pensões acima de mil euros por mês, enquanto durar o programa de ajustamento financeiro, até ao final de 2013.

Fonte: Sapo

Macroeconomia

Macroeconomia é uma das divisões da ciência económica dedicada ao estudo, medida e observação de uma economia regional ou nacional como um todo. A macroeconomia é um dos dois pilares do estudo da economia, sendo o outro a microeconomia.

A macroeconomia concentra-se no estudo do comportamento agregado de uma economia, ou seja, das principais tendências (a partir de processos microeconómicos) da economia no que concerne principalmente à produção, à geração de renda, ao uso de recursos, ao comportamento dos preços, e ao comércio exterior. Os objectivos da macroeconomia são principalmente: o crescimento da economia, o pleno emprego, a estabilidade de preços e o controlo inflacionário.

Principais medidas anunciadas por Passos Coelho

O primeiro-ministro anunciou hoje um novo pacote de austeridade previstas no Orçamento do Estado para 2012, que elimina os subsídios de Natal e férias para os funcionários públicos e para as pensões acima de mil euros até final de 2013.

Entre as medidas anunciadas, constam:



- A eliminação dos subsídios de férias e de Natal para todos os vencimentos dos funcionários da Administração Pública e das empresas públicas acima de mil euros por mês, bem como para os pensionistas com prestações superiores a este valor. Já os vencimentos situados entre o salário mínimo e os mil euros serão sujeitos a uma taxa de redução progressiva, que corresponderá, em média, a um só destes subsídios.



- A redução considerável de “bens da taxa intermédia do IVA, embora assegure a sua manutenção para um conjunto limitado de bens cruciais (...) para sectores de produção nacional, como a vinicultura, a agricultura e as pescas”. Não haverá alterações na taxa normal do IVA e os bens essenciais terão taxa reduzida.



- A manutenção do valor da Taxa Social Única (TSU) e, em alternativa, permitir que o horário de trabalho no sector privado seja aumentado em meia hora por dia nos próximos dois anos.

- As deduções fiscais em sede de IRS para os dois escalões mais elevados serão eliminadas e os restantes verão reduzidos os limites existentes, mas serão salvaguardadas majorações por cada filho do agregado familiar. Serão isentos de tributação em sede de IRS a maioria das prestações sociais, nomeadamente, o subsídio de desemprego, de doença ou de maternidade.



- Cortes “muito substanciais” nos sectores da Saúde e da Educação.

- O Sector Empresarial do Estado (SEE) será alvo de uma “profunda reestruturação”, face ao agravamento “substancial” do peso dos prejuízos e do endividamento. Esta reestruturação deverá passar, entre outras medidas, pelo congelamento da atribuição de prémios a gestores públicos enquanto durar o Programa de Assistência Económica e Financeira, ou seja, até ao final de 2013


Fonte: Público

Investigação sobre causas e efeitos na macroeconomia dá Prémio Nobel a economistas americanos


Os norte-americanos Thomas J. Sargent e Christopher A. Sims ganharam hoje o prémio Nobel da Economia de 2011 pela sua "investigação empírica sobre as causas e efeitos na macroeconomia", afirmou o porta-voz da Academia Sueca das Ciências.
Segundo a Academia, os dois economistas desenvolveram métodos para estudar a relação entre a política económica e variáveis macroeconómicas, como o produto interno bruto, inflação, emprego e investimento.
A sua investigação explica que a "política afeta a economia, mas a economia também afeta política," disse o porta-voz da Academia Sueca.
Os dois são professores na Universidade de Princeton, Estados Unidos, e foram premiados pela sua investigação nas causas e efeitos na macroeconomia.
Os dois economistas vão repartir um prémio de 10 milhões de coroas suecas (um milhão de euros), uma medalha de ouro e um diploma que será entregue na cerimónia dos laureados a 10 de dezembro, que marca também o aniversário da morte de Alfred Nobel.

Fonte: Visão

sábado, 24 de setembro de 2011

Indicadores simples relativos a Portugal

Taxa de desemprego: total e por sexo (%)


Taxa bruta de natalidade (%o) por Local de Residência


Taxa de crescimento (%) do PIB e IB per capita a preços constantes





Crescimento e Desenvolvimento Económico

Qual é o estado de combate à pobreza na Europa e no Mundo?
Nesta temática, a União Europeia tem sido o principal parceiro do mundo em desenvolvimento, fornecendo cerca de 55% de toda a assistência oficial internacional. O aumento da pobreza no mundo é uma das maiores preocupações para todos e os cidadãos e estes esperam uma acção eficaz da EU no seu combate, uma vez que esta tem recursos financeiros ao seu dispor e peso económico e político que podem produzir um impacto significativo. A nível mundial, é necessário repensar as estratégias para o combate no mundo pois, apesar do que já foi feito, a pobreza afecta cerca de 16% dos habitantes da Terra, o que demonstra que há ainda um longo caminho a percorrer.

E em relação ao género?
Esta é uma das problemáticas que a União Europeia e as Nações Unidas se tem preocupado, o combate pela igualdade entre mulheres e homens. Com este objectivo, a UE tem canalizado fundos que põe à disposição dos Estados, associações, empresas e outras entidades que se candidatem aos programas criados para combater as discriminações de género. Contudo, ainda se verificam acentuadas disparidades persistentes entre homens e mulheres e são dos principais entraves ao desenvolvimento humano.

O que é que poderemos fazer para melhorar a situação depauperada em que nos encontramos?
  • Ter um papel activo na sociedade
  • Votar
  • Protestar de forma persistente
  • Gerir o dinheiro
  • Acabar com a corrupção
  • Apostar na educação escolar dos jovens
  • Ter uma sociedade informada
Em relação aos componentes do IDH em Portugal, como têm evoluído?
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros factores para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população. Portugal subiu uma posição, para o 40.º lugar, no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2010 do relatório das Nações Unidas que avalia o bem-estar das populações de 169 países. Podemos observar através de os anos que as componentes do IDH em Portugal têm progredido, apenas não há mesma velocidade que outros países. É visível que a esperança média de vida aumentou, a taxa de analfabetização diminuiu. A nível económico, há um maior poder de compra mas também há muitas despesas. Todas estas componentes estão a evoluir, ainda que a um ritmo demasiado lento.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

"Sem economia ninguém pode ser rico; e com ela poucos serão pobres." Samuel Johnson

Índice de Pobreza Humana



O Índice de Pobreza Humana (IPH) é utilizado para calcular a percentagem de pessoas em um país que vivem em relativa pobreza. Para melhor diferenciar o número de pessoas em condições de vida anormalmente miseráveis o IPH-1 é utilizado nos países em desenvolvimento, e o IPH-2 é utilizado nos países desenvolvidos. O IPH-1 é calculado baseado na percentagem de pessoas com expectativa menor do que 40, na taxa de analfabetismo adulto, na percentagem de pessoas sem acesso à água potável e aos serviços de saúde e na percentagem de crianças abaixo de 5 anos que estão abaixo do peso normal. O IPH-2 é calculado com base na percentagem de pessoas como expectativa de vida menor que 60, na taxa de analfabetismo funcional adulto e na porcentagem de pessoas que ganham abaixo de 50% do salário médio da população.

Índice de Desenvolvimento Humano



O objetivo da elaboração do Índice de Desenvolvimento Humano é oferecer um contraponto a outro muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq, com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da “felicidade” das pessoas, nem indica “o melhor lugar no mundo para viver”. É um importante instrumento para comparar as condições de vida entre os países. Também é usado na elaboração e na orientação de políticas e programas sociais

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Crescimento económico do Brasil é o segundo mais baixo entre os BRICS

O ritmo de crescimento da economia brasileira é superior ao dos países ricos, mas entre as nações que formam os BRICS, grupo que inclui também China, Rússia e Índia, só supera o da África do Sul.

Segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 3,1% no segundo trimestre deste ano, em comparação com igual período de 2010, com o PIB a alcançar 1,02 biliões de reais (pouco mais de 445 mil milhões de euros).

Segundo o levantamento feito pelo IBGE com base em dados do Banco Mundial, em termos de crescimento do PIB, o Brasil está, assim, em quarto lugar entre os países que formam o grupo dos BRICS.

No segundo trimestre, o PIB da China cresceu 9,5%, o da Índia 7,7% e o da Rússia, 3,4%. Já a economia sul-africana registou 1,3% de crescimento.

Considerando o PIB per capita, no entanto, o Brasil ocupa a segunda posição no bloco, com 10.900 dólares por habitante, atrás apenas da Rússia, que regista 15.900 dólares por habitante.

O PIB per capita da África do Sul é de 10.700 dólares, o da China, de 7.400 dólares e o da Índia, de 3.400 dólares.

Segundo o IBGE, o crescimento da economia brasileira é sustentado pelo mercado interno, tanto pelo consumo das famílias como pelos investimentos.

O sector externo continua a contribuir negativamente para o crescimento económico do Brasil, já que o volume dos bens importados cresce sistematicamente mais que o volume dos bens exportados.

Fonte: www.jn.pt